Jesus forneceu aos seus discípulos ensinamentos sobre como seguir a Palavra de Deus; contou-lhes parábolas para ajudá-los a discernir questões de ética e da natureza humana; ofereceu-lhes bem aventuranças para conforto e encorajamento.Algumas vezes, no entanto, Ele disse palavras que os seguidores daquela época acharam dificeis; e os de hoje ainda sentem alguma dificuldade de compreender o que Cristo queria dizer. Eis alguns exemplos:
- Jesus instruiu os discípulos a odiar membros da própria família (Lucas 14:26).
- Ensinou-os a agir como se fossem escravos (Mateus 20:27).
- Ordenou-lhes que vendessem seus pertences e os dessem aos pobres (Lucas 18:22).
- Parece ter restringido sua missão aos judeus em detrimento dos outros povos (Mateus 10:6).
- Falou de condenação com choro e ranger de dentes (Mateus 8:12).
- Chamou os judeus de filhos do Diabo (João 8:44).
Com base na história e na cultura do primeiro século, a Dra. Levine disseca essas e outras declarações instigantes de Jesus. Ela mostra como essas declarações teriam soado para as pessoas que as ouviram pela primeira vez, como foram entendidas ao longo do tempo e como podemos interpretá-las no contexto do evangelho do amor e da reconciliação.
As Escrituras possuem passagens difíceis que até os estudiosos sérios têm dificuldade de entender, e todas as liturgias, em algum momento ou outro, fazem declarações passíveis de questionamento por parte dos membros da congregação. […] Já que o nome “Israel” significa tradicionalmente “lutar com Deus”, fazemos bem quando assumimos um esforço para entender as passagens que nos confundem e nos perturbam. Além disso, faremos bem em insistir em colocar em pauta as passagens que nos desafiam e que podem continuar a nos desafiar.