As pessoas fazem cálculos de custo o tempo todo. Entretanto, o cálculo de custo não diz respeito apenas aos dilemas da vida material. Ele também diz respeito aos dilemas da vida espiritual. A decisão de seguir Jesus inevitavelmente implica um custo. Em “O custo do discipulado”, Jonas Madureira aborda de maneira acessível, mas profunda, os dois sentidos dessa expressão.
Em geral, no contexto cristão, a palavra “discipulado” refere-se ao ato de seguir Jesus (imitar Cristo) e também ao ato de ajudar alguém a seguir Jesus (ajudar outros na imitação de Cristo). São coisas distintas que podem ser facilmente confundidas, pois estão intimamente relacionadas. Quem não segue Jesus não pode ajudar pessoas a seguirem Jesus.
Só o discipulado é capaz de garantir a formação de autênticos “pequenos Cristos”. Todavia, o começo dessa mudança não vem com “métodos de discipulado eficaz”, mas com a imitação de Cristo. A base de sustentação dessa mudança é a imitação de Jesus. No discipulado, não vale o “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”, pois só é possível discipular sendo, falando e agindo como discípulo, como um imitador de Cristo. Esta é a essência e a condição do discipulado: para ajudar alguém a seguir Jesus, é necessário, antes, pagar o preço de imitar Jesus.
Que, a despeito das crises moral e teológica que assolam a mente e o coração dos seguidores de Cristo, haja entre nós seguidores que possam dizer a outras pessoas o que Paulo disse aos seus: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo”!